terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Encarar o reflexo

Um dia houve que parei... Decidi que chegava, que chegava de loucura, de meias verdades e irresponsabilidade. Quão triste é apregoar e não praticar? Quase tão triste quanto não me reconhecer, quanto parar e olhar para as minhas acções e ter vergonha.
É tudo uma confusão, nada é como devia ser... Aceito, mas não é desculpa para ser distante e indiferente do que me rodeia. Muito menos desculpa é para a constante despreocupação que foi instaurada na biblioteca. Onde raio está o brio e o orgulho? (navio esse que afundou... em ondas de dormência, de desapego e de branda tristeza).

Quem não gosta de se enganar com um 'é hoje' tão, mas tão confortável? Confortável como a manta que não nos cobre todo o corpo, que nunca há de cobrir por mais que tentemos regatear com o seu tamanho aparentemente diminuto (Dead Poet's Society). Há de ser uma questão de método, a mera formalização do pensamento 'é hoje' traz consigo a ideia de segurança, duas palavras enunciadas trivialmente, prometendo mais uma vez a organização da biblioteca. Torna-se tão trivial cada tentativa frustrada de virar a página, que, apesar de nos trazer segurança e de permitir que nos enganemos, não dá grande margem, os perdidos sabem do pouco crédito que têm.

Começo amanhã! Já gastou a agulha...

"Sometimes I think I'll settle down and try to change my ways, but what's the use in dreaming. I'll just drift around". (Alan Wass)

Citando o corvo que paira sobre o busto de Atena: "Nunca mais!". Agora! Agora deixas de ser o mais bruto e o mais feio, menos perdido e menos gasto.

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